quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Logística Internacional: O que aprendemos com a crise?



Estou certo que ninguém aguenta mais falar sobre crise, o vocábulo mais utilizado nos últimos 12 meses. Claro que, hoje o mundo está mais aliviado do que um ano atrás, quando a perplexidade assombrou empresas e pessoas. E aí que eu faço a diferença entre o IMPREVISTO e o IMPROVÁVEL. Certamente esta crise está na categoria do “IMPROVÁVEL” por isso não foi considerada em nenhuma previsão de investimento ou de queda no mercado internacional.

O binômio Comércio e Logística Internacional nunca esteve tão forte comparado ao passado e nunca esteve tão fraco se olharmos um futuro tão próximo. Por quê? Porque o “Comércio Exterior” sempre foi tratado com foco exclusivamente comercial, porém, estou certo que a crise definitivamente está ensinando que um produto somente tem seu valor agregado no momento em que é recebido pelo cliente nas condições de qualidade e prazo estabelecidos nas condições comerciais (incoterms).


Clique aqui e veja o artigo na íntegra.


Por: José Geraldo Vantine
Profissional pioneiro em Logística no Brasil e na América Latina, que vem acumulando larga experiência na are desde 1972.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Acompanhe a coluna de Ricardo Carmelito no IBCELOG


Administrador formado pela PUC-MG, atua na área logística em multinacional metalúrgica no mercado de embalagens. Pós-graduado em Engenharia de Produção e especialista em Supply Chain Management,, autor de vários artigos na área logística e com sólida experiência em planejamento e controle de produção.

Fretes marítimos: falta bom senso


Depois de uma fase em queda, os fretes cobrados pelos armadores de contêineres passaram a sofrer reajustes tão intensos que já começam a extrapolar as raias do bom senso. Como conseqüência da menor capacidade disponível nos navios, em razão de cortes de espaço feitos pelas companhias marítimas a fim de se adequarem à queda dos volumes motivada pela crise global, as principais linhas anunciaram, nos últimos dias, reajustes em praticamente todos os trades.

Como justificativa, os armadores alegam que foram obrigados a tomar essas medidas para fazer frente à crise e tentar arcar com os valores do transporte. Com isso, os armadores estão praticando aumentos no bunker e aplicando taxas de GRI e Peak Season. No comércio entre a Ásia e os Estados Unidos, responsável pela maior movimento comercial do mundo, os reajustes têm sido freqüentes, em função da diminuição da frota disponível. Com pouco espaço em disputa, os serviços passam a ganhar valores estratosféricos, já que os volumes começam a ficar acima da capacidade de espaço em oferta.

Tanto MSC como Maersk e Evergreen elevaram as taxas para as cargas do Mediterrâneo, da mesma maneira que MOL e NYK. A MSC anunciou aumento de US$ 200 por TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) nos serviços entre o Sudeste asiático e o Noroeste da Europa. As linhas japonesas também aumentaram as tarifas do Oeste da Ásia e da Índia para o Mediterrâneo e Norte da Europa. Transportadoras marítimas, incluindo Maersk, CMA CGM e Hapag-Lloyd, começaram a aplicar aumentos de US$ 200 até US$ 500 por TEU este mês.

Em setembro, a Maersk, o maior armador do mundo, decidiu empreender a reestruturação nos seus serviços intra-Américas. Os maiores incrementos foram verificados nas rotas entre a América do Norte e a Costa Oeste da América do Sul, tanto na exportação como na importação -- US$ 300 para um TEU e US$ 600 para um FEU (unidade equivalente a um contêiner de 40 pés).

Os armadores argumentam que os níveis de movimentação ainda estão distantes dos patamares da época pré-crise, alegando que os fretes, na comparação com o ano passado, ainda estão de 20 a 30% mais baixos. Mas esse é só um lado da moeda porque antes não havia sequer disputa por espaço em embarcações. Hoje, se ainda não existe um problema generalizado de falta de espaço para a exportação em direção à Ásia, essa é uma hipótese a se colocar na mesa, como resultado de uma combinação explosiva que pode desorganizar o mercado: a redução de frotas e, em conseqüência, de espaço nas embarcações pode coincidir com o reaquecimento do comércio global.

No Brasil, o reaquecimento da economia e a valorização do real frente ao dólar fizeram com que as importações, sobretudo de bens duráveis e não-duráveis, voltassem a crescer. Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), a melhora está sendo liderada pelos países emergentes, em especial as nações do continente asiático, com a China à frente, hoje a maior nação exportadora do mundo, superando Alemanha e os Estados Unidos. Mas aqui também se pode incluir o Brasil e os demais países do Bric (Rússia e Índia).

Esse reaquecimento da economia, obviamente, começa a se refletir no transporte marítimo, o principal termômetro das trocas internacionais. A expectativa que se tem é que, em 2010, o comércio internacional volte aos patamares dos volumes do começo de 2008, mas, para isso, não se pode esperar que os fretes marítimos, a pretexto de recuperação de perdas passadas, venham a alcançar preços exorbitantes.

Nesse caso, os números que a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) projeta para este ano – de US$ 124,8 bilhões para importações (queda de 28%) e US$ 146,2 bilhões para exportações (queda de 26,1%), com saldo de US$ 21,4 bilhões – teriam de ser redimensionados para baixo. Portanto, o momento exige bom senso também por parte dos armadores.

Por: Mauro Lourenço Dias
Vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística no Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Taxação sobre investimento externo. Incentivo à exportação?



Na semana passada o ministro da fazenda Guido Mantega, anunciou a taxação de 2% na entrada de capital estrangeiro para aplicações em renda fixa e ações. As operações serão tributadas por meio do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida, segundo o ministro, seria para evitar a supervalorização do Real, o que encarece as nossas exportações.

O receio do governo é que o excesso de capital estrangeiro, principalmente em aplicações de curto prazo, gere na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o que os economistas chamam uma bolha especulativa.

Do ponto de vista financeiro, a medida tem sido muito criticada. No entanto, do ponto de vista produtivo, a medida é insuficiente. Se o objetivo do governo é segurar a valorização do Real, a manobra terá pouco impacto e em curto espaço de tempo. O que deve ser feito, aliás, o que já deveria ter sido feito, é reduzir a taxa básica de juros. A taxa alta com altos retornos financeiros é o que atrai o capital estrangeiro especulativo, além de desestimular os investimentos produtivos e supervalorizar nossa moeda, inviabilizando nossas exportações.

A opinião dos economistas se divide, como de costume. Uns são a favor e vários são contra. Não sou economista, mas entendo que, mesmo com essa medida insuficiente, algo teria e terá ainda que ser feito. A valorização do Real é um efeito natural de uma economia que vem se mostrando sólida e com potencial de crescimento superior às economias já estagnadas dos países de primeiro mundo.

O Brasil deve se preparar para trabalhar com o Real mais valorizado, e para incentivar de fato as exportações, o governo deve ao invés de criar impostos “regulatórios”, investir em infraestrutura, fazendo com que as empresas reduzam seus custos logísticos e possam competir nas exportações mesmo com a moeda mais valorizada.

Enquanto os investimentos em infraestrutura não acontecem, o governo continuará com o foco em criar políticas conservadoras para frear o crescimento, ao qual por sinal, não tem condições de crescer justamente por falta dessa infraestrutura. Com isso, ficaremos estacionados assistindo de camarote ao crescimento dos outros países emergentes, importando seus manufaturados e vendo nossas commodities irem embora para garantir o superávit da balança comercial.

Ricardo Carmelito
Administrador formado pela PUC-MG, atua na área logística em multinacional metalúrgica no mercado de embalagens.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Pernambuco Business 2009 – Oil & Gas, Offshore, Shipbuilding


Conheça as novas oportunidades de negócios do estado que mais cresce na região Nordeste do Brasil

Um novo lugar para novos negócios.

Pernambuco apresenta seu potencial econômico através do primeiro Seminário Pernambuco Business 2009 Oil & Gas, Offshore and Shipbuilding. O Estado vive um momento único, transformador. A implantação de uma refinaria de petróleo e de um estaleiro estão alavancando as indústrias petroquímica e naval. Movimentada pela iniciativa do projeto Suape Global, lançado em dezembro 2008, esta cadeia consolida um pólo nacional provedor de bens e serviços para o setor de óleo, gás, offshore e naval (OGON).

Diferenciado pela sua localização estratégica, o Estado dispõe de excelente infraestrutura terrestre, portuária e aeroportuária e incentivos fiscais.

Pernambuco Business 2009 será a oportunidade de conhecer melhor o mercado da região e os seus principais atrativos e suas oportunidades de negócios. Durante o evento, será apresentado o promissor cenário econômico nacional ligado à cadeia de óleo, gás, offshore e naval.

Participe desse movimento e vamos, juntos, transformar esta região numa referência mundial para toda a cadeia produtiva, de forma competitiva e sustentável.

Data: 27 e 28/10/2009
Horário: 09h00 às 18h00
Local: Centro de Convenções JCPM
Av. Engenheiro Antonio Góes, 60
Pina - Recife – Pernambuco

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Feira Brasil Petróleo, Gás e Biocombustível


A Feira Brasil Petróleo, Gás, Biocombustível e Meio Ambiente será realizada em São Bernardo do Campo - SP. no período de 10 a 13 de novembro de 2009, das 16h00 às22h00, no Pavilhão de Exposições Vera Cruz, o mesmo que ajudou a escrever a histório do cinema nacional. Agora, o espaço vai receber esse grande evento para a indústria paulista, principalmente, para as potenciais fornecedoras de bens e serviços da cadeia produtiva do petróleo, gás e energia.

A Feira Brasil Petróleo, Gás, biocombustível e Meio Ambiente vai proporcionar  o encontro entre fornecedores e compradores para ampliar a oferta de serviços da região, que foi impulsionda pelo PAC ( Programa de Aceleração e Crescimento ). Por meio dele, grandes investimentos foram priorizados para as regiões do ABC e Baixada Santista, em especia, para a Petrobras e suas unidades operacionais - RECAP, RPBC e BACIA DE SANTOS, essas unidades pretendem aliar a sua modernização ao desenvolvimento regional, integrando potenciais fornecedores à sua cadeia produtiva.

Assim, os fornecedores devem aproveitar esse importante nicho de mercado, principalmente, os segmentos produtivos da: Manutenção Industrial, Metal-Mecânica (usinagem, caldeiraria, soldagem), Isolamento Térmico e Refratários, Eletroeletrônica (motores, circuitos e painéis elétricos), Hidráulico e Pneumáticos (sistemas, bombas, válvulas), Engenharia (projeto, construção e montagem), Refrigeração (manutenção, projeto, montagem), Químicos e Tratamento Térmico, Informática e Tecnologia da Informação, Hotelaria, Indústria Náutica e Atividade Portuária, Transporte (pessoal e cargas) e Serviços Gerais (Alimentação, segurança, limpeza)

Data: 10 a 13/11/2009
Horário: 16h00 às 22h00
Local: Pavilhão de Exposições Vara Cruz - SBC

I Symposium for International Trade Specialist


O maior intuito desse evento é qualificar ainda mais os profissionais de comércio exterior com relação a procedimentos bancários em tramites de compra e venda de commodities principalmente; cartas de créditos e suas diferenças e aplicações mais adequadas para cada tipo de negócio; regras sugeridas pelo ICC (International Chamber of Commerce) como UCP600, URC522, ISP98; abordar sobre os mitos que envolvem essas negociações na internet e suas fraudes, em resumo uma abordagem completa dos principais assuntos relacionados de forma que o profissional presente absorva o máximo de conhecimento exposto no simpósio.

O Especialista em Negociações Internacionais, é um profissional completo em seu segmento, pois atua desde o marketing e abertura de novos mercados, como também toda parte burocrática alfandegária e principalmente nas negociações propriamente ditas, sendo um profundo conhecedor de normas e regras internacionais que garantem a performance e o sucesso da operação internacional a qual participa.

Esse evento se dará no dia 29 de Outubro de 2009, contando com a participação de executivos e profissionais do mais alto escalão, graduados e reconhecidos internacionalmente, atuando globalmente em investimentos e projetos como por exemplo no IFC (World Bank Group), instituições financeiras e empresas multinacionais. O conhecimento adquirido todos esses anos de experiência pelos expositores e realizadores, juntamente com as atualizações  que ocorrem freqüentemente no mercado mundial que serão transmitidas no evento, faz desse acontecimento um grande marco em nosso país, pois serão quebradas as barreiras dos mitos, e o extermino do receio em aplicar as melhores práticas nas negociações internacionais.

Independente das diferenças étnicas e culturais, o mundo reconhece poder do dinheiro nas negociações, mas muitos desconhecem as leis e procedimentos corretos, que não só garante mas também protegem os empresários e empresas de serem vítimas de si próprio e de fraudes internacionais, por isso sua presença vai ser muito importante para o seu próprio aprendizado e benefício.

Data: 29/10/2009
Horário: 08h30 às 22h15
Local: Convention Center
Incluso: Coffee Break, Almoço, Certificado e encerramento com coquetel.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Países em Desenvolvimento Superam Desenvolvidos na Erradicação da Pobreza

Lisboa- Celebrou-se no sábado, dia 17 de outubro de 2009, o dia internacional para a erradicação da pobreza, efeméride criada pela Resolução 47/196 da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), de 22 de dezembro de 1992, como oportunidade de se evocar a luta dos que aspiram sair daquele estado de necessidade e fazer seus anseios conhecidos. A pobreza foi então reconhecida como uma violação dos direitos humanos.

Enquanto nestas quase duas décadas da iniciativa da ONU, os países em desenvolvimento fizeram notáveis progressos na área da erradicação da pobreza, o mesmo não ocorreu com os países desenvolvidos, que inspiraram suas ações econômicas na doutrina do neoliberalismo e seus lucros artificiais decorrentes da estéril especulação financeira.

De fato, em 1994, inaugurou-se na África do Sul o governo democrático do Congresso Nacional Africano, que teve (e tem) como principal diretriz a promoção do desenvolvimento econômico e progresso social do povo. Na República Popular da China, as inúmeras reformas realizadas no país, notadamente a partir de 1991, trouxeram progressos sem precedentes. As ações concretas de apoio aos direitos humanos do povo anunciadas no início deste ano vão melhorar ainda mais as condições da população chinesa.

Na Índia, outro país populoso, como a China, a erradicação da pobreza fez progressos notáveis nos últimos anos, com o crescimento da economia e a repartição da riqueza. O mesmo ocorreu no Brasil, notadamente nos governos do Presidente Lula, e com ações estatais de enorme relevância, como no caso do programa Bolsa Família e da rede de seguridade social.

Nos países desenvolvidos, no entanto a situação da erradicação da pobreza apresentou retrocessos marcantes não apenas pelos efeitos da crise financeira e econômica do último ano, mas também pelos fundamentos neoliberais que impulsionam a prosperidade de uns poucos agentes do setor de serviços em detrimento do povo.

Assim, hoje, os Estados Unidos da América (EUA) têm um índice de desemprego maior do que aquele de países como o Brasil e a China, uma rede de seguridade social muito inferior àquela brasileira ao mesmo tempo em que ostenta uma insensibilidade institucional grandemente superior.

Por sua vez, a União Européia (EU) fracassou flagrantemente no propósito de “provocar um impacto decisivo na erradicação da pobreza até 2010”, conforme decidido na Estratégia de Lisboa, assinada em 1999. De fato, estatísticas atuais indicam a existência de 79 milhões de pobres na EU. A taxa oscila entre 10% da população na Holanda e 25% na Romênia.

Inglaterra, Espanha e Itália, com uma população conjunta de aproximadamente 160 milhões de pessoas, têm uma taxa de pobreza de cerca de 20%, depois de computadas as transferências sociais. A situação regional do sul da Itália é cerca de 50% pior do que a média nacional e a tragédia não sensibiliza o governo devasso, caricato e debochado de Silvio Berlusconi. A própria Alemanha tem um índice de pobreza de 15%, ao passo que, em Portugal este se situa na casa dos 18%.

O aumento da pobreza nos países desenvolvidos é apenas mais uma manifestação dos efeitos devastadores da doutrina neoliberal e exigem ações tanto firmes como imediatas para sua reversão.

Por: Durval de Noronha Goyos
Sócio sênior de Noronha Advogados, uma das maiores autoridades mundiais em Direito Internacional, é também árbitro da Comissão Internacional de Arbitragem Comercial da China (CIETAC), do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Não existe um caminho único para uma cadeia de abastecimento eficiente


A pergunta mais freqüente que os executivos de Supply Chain fazem é: qual a solução para se ter uma cadeia de abastecimento eficiente, com o balanceamento correto entre o serviço desejado e os custos? Os gestores normalmente tendem a focar as ações em suas áreas de expertise, em detrimento daquelas que poderiam trazer maior impacto para a estratégia de negócios. Mas qual seria a solução ideal? Vamos a análise de algumas alternativas:

Sinergias e ganhos de escala - montar uma estrutura logística que permita sinergias e ganhos de escala, operando de maneira otimizada em função da característica física dos produtos e serviços oferecidos, respeitando os requisitos de entrega dos clientes e a disponibilidade dos modais de transportes, reduzindo custos e aumentando o nível de serviço a clientes.

Aumento na disponibilidade dos insumos - definir uma estratégia de suprimentos que leve em conta a disponibilidade dos insumos produtivos ou de suporte, a quantidade de fornecedores habilitados e qualificados e a criticidade dos materiais envolvidos, respeito aos prazos do ciclo operacional e aos padrões de qualidade estipulados pelas áreas de desenvolvimento técnico. Além de diminuir as rupturas no atendimento dos pedidos temos potenciais economias no custo de produtos e serviços.

Adequação da demanda - alinhar a demanda da equipe comercial com as restrições da cadeia produtiva, atentando para a capacidade de reação operacional às oscilações de mercado, sazonalidade e o conjunto de atividades promocionais que alteram a curva regular de participação do produto ou serviço no seu ambiente mercadológico.

Troca de informações com parceiros - garantir resposta rápida e qualificada às oportunidades de ocupação de espaço no mercado de atuação em função do aumento da previsibilidade e confiabilidade nas relações de fornecimento entre os parceiros comerciais, com benefícios concretos no abastecimento, redução de estoques e rupturas por um planejamento inadequado.

Revisão de unidades operacionais - rever a malha de distribuição e a localização das unidades fabris em um país com as dimensões territoriais do Brasil é fundamental, podendo ocasionar ganhos com fretes de transferência e entregas e potenciais economias com tributos.

Apropriação de benefícios tributários - além de se apropriar dos benefícios existentes, considerar novas alternativas de isenção ou postergação no pagamento de tributos. As autoridades são normalmente sensíveis a propostas de concessão de incentivos fiscais pela abertura de operações em suas regiões de atuação, com geração de novos postos de trabalho e aumento do volume financeiro local.

Qual das alternativas acima é a melhor? Todas as mencionadas, além de outras que certamente irão surgir num processo contínuo de melhoria na cadeia, são válidas e devem ser perseguidas.

A prioridade a ser definida num processo de criação de uma cadeia de abastecimento eficiente e alinhada com objetivos estratégicos vai depender de uma série de fatores, tais como:

- Impacto nos resultados financeiros;
- Disponibilidade de recursos para executar os projetos em cada área de oportunidade;
- Capacitação interna para gestão de cada um dos processos da cadeia;
- Nível de sofisticação tecnológica e organizacional dos parceiros;
- Movimentação dos concorrentes e do mercado de atuação;
- Atendimento a exigências de parceiros dominantes na relação comercial;
- Fatores externos, como mudanças nos cenário econômico ou político na área de atuação da organização.

Um questionamento fundamental é: como evoluir na direção correta em um cenário de transformações constantes e velocidade de inovações crescente? Não podemos esquecer que a gestão da cadeia de abastecimento é um processo de prestação de serviço às áreas de geração de demanda, que tem uma expectativa normalmente alta em relação ao suporte prestado pelas áreas de retaguarda.

Por: Carlos Alberto Montagner

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Logística reversa: o transporte de trás pra frente


Com o crescente volume de negócios em escala mundial e a imensa quantidade de produtos transportados diariamente, aumenta também a quantidade de lixo gerado e de materiais que precisam ser mandados de volta à sua origem. Esse tráfego de produtos no sentido contrário da cadeia de produção normal (dos clientes em direção às indústrias) precisa ser tratado adequadamente, para evitar trabalho e custos extras.

A logística reversa é a área responsável por este fluxo reverso de produtos, seja qual for o motivo: reciclagem, reuso, recall, devoluções, etc. A importância deste processo reside em dois extremos: em um, as regulamentações, que exigem o tratamento de alguns produtos após seu uso (como as embalagens de agrotóxicos ou baterias de celulares); na outra ponta, a possibilidade de agregar valor ao que seria lixo. Veremos mais detalhes ao longo deste artigo.

Com o aumento das pressões da sociedade para produtos e processos ecologicamente corretos, a reciclagem ganha força e a logística reversa é um dos principais motores deste movimento. Além de contribuir legitimamente para a redução dos impactos ao meio ambiente há um ganho de imagem para a empresa que o faz. Há exemplos de reciclagem que já são práticas comuns: latas de alumínio, garrafas pet, papel, dentre outros itens de pós-consumo.

Há também a reutilização, notadamente com as sobras industriais, partes de equipamentos e sucatas em geral. No entanto, existe também o fluxo de produtos do consumidor de volta ao vendedor por iniciativa do usuário: quando ele não está satisfeito com uma compra, ele devolve o produto (bastante comum no comércio eletrônico ou erro de escolha do produto em lojas físicas).

De maneira geral, três fatores estimulam o retorno de produtos: (1) consciência cada vez maior da população para a necessidade de reciclar e de se preocupar com o meio ambiente; (2) melhores tecnologias capazes de reaproveitar componentes e aumentar a reciclagem; (3) questões legais, quando a legislação obriga que as empresas recolham e dêem destino apropriado aos produtos após o uso.

Do ponto de vista das empresas, alguns cuidados precisam ser tomados. Nos locais de armazenagem, faz-se necessário estruturar sistemas capazes de lidar com estes volumes crescentes (e dificilmente previsíveis). Além disso, assim como a logística tradicional, a logística reversa tem como um dos principais componentes os sistemas de transporte. É necessário que os sistemas de roteamento sejam capazes de solucionar os complexos problemas de entregas e coletas simultaneamente, levando em conta, dentre outras restrições, as capacidades dos caminhões e os intervalos de tempo (este problema é chamado tecnicamente de pickup and delivery routing problem).

Identificar as melhores estruturas de transporte capazes de recolher estes produtos, normalmente muito dispersos nos centros de consumo, e levá-los de volta às fábricas ou centros de tratamento é um grande desafio que precisa ser corretamente modelado. As práticas neste recente segmento ainda não estão consolidadas, e há espaço para diversas inovações.

Portanto, faz-se necessário planejar estrategicamente os sistemas internos (gerenciamento de estoques, sistemas de informação, espaço físico) e externos (transporte e relacionamento com clientes), a fim de aproveitar este novo mercado, atraindo e fidelizando clientes com mais uma opção de serviço pós-venda.

Leandro Callegari Coelho
Atua na área de estratégia logística e estatística aplicada, especialmente modelos de previsão, controle estatístico e redução de estoques.

Infraestrutura Logística e Competições de Alto Nível


O sonho para a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas tornou-se realidade para o Brasil, após inúmeras tentativas frustradas e derrotas em comitês internacionais. Porem, a vitória atual é repleta de questionamentos e um futuro destinado ao trabalho árduo para a representação nacional, como uma nação organizada, estruturada e com pensamento estratégico de longo prazo, para evitar os gastos excessivos, como os do Pan Americano do Rio de Janeiro, por exemplo.

Logo, deve-se recorrer as definições sobre planejamento estratégico e logística, sendo áreas do conhecimento correlacionadas e destinadas a criação de valor para a sociedade. Pensar estrategicamente envolve analisar profundamente as ações e os seus resultados, enquanto a logística, detém a capacidade de estruturar a escolha de fornecedores, da infraestrutura de transportes e para o pleno atendimento aos contratos.

Neste sentido, para o pleno atendimento as exigências de classe mundial para a Copa do Mundo e aos Jogos Olímpicos, os investimentos devem ser direcionados, em primeira instancia para a mobilidade urbana, envolvendo os modais rodoviário e aeroportuário, prioritariamente. Pensar em ferrovias e em portos está para um segundo momento, devido as suas características industriais atuais.

Ao avaliar o transporte rodoviário, em todas as grandes cidades brasileiras, denota-se uma frota de ônibus antiga, com o domínio de cartéis empresariais dispostos ao lucro em circunstâncias adversas, atrasos nas rotas e manutenção duvidosa. Qual seria a interpretação do publico externo com um nível de serviço não adequado como este? Exemplos como o de Curitiba, em que a existência de corredores dedicados e a fiscalização publica são satisfatórios.

Quando o assunto são os aeroportos, a situação dos terminais de passageiros e pistas é preocupante. Exemplos da ampla necessidade por investimentos públicos ou privados são os terminais do Galeão no Rio de Janeiro, demandando reformas estruturais para as instalações em geral, de Congonhas, quanto à pista para pousos e decolagens e Confins, sendo o somatório dos critérios apresentados para os dois aeroportos acima.

Para um país que será a sede da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos, com a recepção de todo o planeta em suas terras e com as atenções plenas voltadas para as suas instalações, muito trabalho deverá ser executado. Neste sentido, o planejamento governamental pode ser o adequado, para as demandas apresentadas.

Historicamente, todos os projetos para a infraestrutura logística nacional esbarram na lentidão de decisões e nos humores do mercado internacional. Basta relembrar que na gestão do então Presidente Fernando Henrique Cardoso, foi criado o Programa Avança Brasil, com foco em melhorias nas rodovias, portos, aeroportos, saneamento básico, entre outros, sendo sucedido pelo Programa de Aceleração do Crescimento, do governo Lula, apresentado elevados índices de não realização de prazos, alem dos problemas econômicos mundiais que assolaram a escassez e credito para obras publicas.

Assim sendo, o futuro nos reserva uma medalha de ouro, caso seja estruturado um planejamento adequado e investimentos seguros, com uma infraestrutura condizente para os eventos esportivos a serem realizados, mesmo que a opção seja a exclusão da luxuria, em detrimento a eficiência. Em ultimo caso, o resultado final poderá ser o observado, como em Atenas, com desperdício de dinheiro publico e a indignação populacional.

Hugo Ferreira Braga Tadeu

Professor da Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho da Fundação João Pinheiro e Coordenador do Núcleo de Estudos em Operações. Diretor do IELOG.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Intermodal South America 2010


Intermodal South America segue a tendência mundial na organização de evento profissional segmentado, dirigido e focado em profissionais de decisão no segmento.


Consagrada como a maior e mais importante feira na América Latina, a 15ª edição da Intermodal reúne, em três dias de realização, os principais players do setor de logística, comércio exterior e transporte mundial.


O evento apresenta tecnologia em serviços, equipamentos e produtos, inovação e muita informação impulsionando negócios e parcerias, servindo de plataforma para lançamentos, reforço de marca, joint-ventures, vendas e networking.


Intermodal South America conta com expositores nacionais e internacionais vindos da América Latina, América do Norte, Europa e Ásia.


Data: 06 a 08/04/2010
Horário: 13h00 às 21h00
Local: Transamérica Expo Center
Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo