segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Opções para estratégias de operações globais

No mercado competitivo e globalizado em que muitas empresas competem, é preciso levar em consideração a dimensão internacional que os negócios e as estratégias têm tomado. Estas empresas, chamadas de organizações multinacionais (em contraste com as empresas locais, nacionais ou domésticas), têm seu mercado e seu fornecimento em escala global: compram matérias-primas, fabricam e vendem produtos e serviços em diversos países.

A maneira como os gestores destas empresas abordam as oportunidades globais define a estratégia que elas utilizarão para comprar, produzir e vender nesta escala mundial. Enquanto algumas zelam por sua exclusividade e o apelo que a marca produz, outras visam alcançar o maior número possível de consumidores com custos cada vez mais baixos.

Estas estratégias podem ser classificadas em quatro grupos: internacional, multidoméstica, global e transnacional. Vejamos algumas características de cada uma destas alternativas.

Estratégia internacional

Caracteriza-se por sua pequena preocupação com as necessidades imediatas de um cliente específico (local). A marca é muito importante, e a fabricação não é descentralizada. Normalmente se trabalha apenas com importação/exportação do produto final, e em algumas ocasiões usa-se o licenciamento de um produto existente. A redução de custo do produto não é uma das principais preocupações da empresa que utiliza esta estratégia. Servem como exemplos produtos com alto apelo emocional pela marca, como as motos Harley Davidson e os carros Ferrari.

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Escrito por: Leandro Callegari Coelho

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Evento: 3º Feira e Congresso de Logística e Movimentação de Carga



A 3ª Feira de Logística e Movimentação de Carga é uma feira de negócios, com foco específico. Vai acontecer em Joinville (SC), entre os dias 8 A 11 de Junho/2010, com o objetivo de apresentar caminhos que abrirão novas portas para os mais diversos negócios do segmento.

Dentro de um amplo panorama de tendências na gestão, controle, tecnologia e processos, estão confirmados, a partir de conversas dos organizadores com empresários que já garantiram seu espaço, diversos lançamentos e novidades para a feira. “Será um ambiente que receberá, durante todo o período em que acontece, um público altamente qualificado, ávido por novas soluções e com alto poder de decisão na empresa que representa”, destaca Walter Khairalla, diretor da feira.

Percebido como um agente de oportunidades para o mercado, a feira será um ambiente propício ao debate e raciocínio acerca dos problemas que afetam o setor, além do planejamento de melhorias. Resumindo: a 3ª Feira de Logística e Movimentação de Carga será um verdadeiro celeiro, onde excelentes idéias vão ser avaliadas, estudadas e debatidas, na busca pela melhor solução deste problema que prejudica o crescimento do setor.

Em paralelo à Logística 2010 acontecerá alguns eventos educativos, oportunidades únicas para a atualização e troca de experiências entre os profissionais do setor. Aguardem maiores informações.

Data: 08 a 11/06/2010
Horário: 15h às 21h30
Local: Complexo da Expoville

São Sebastião: porto em expansão


Quem milita no comércio exterior há mais de quatro décadas já perdeu a conta de quantas vezes ouviu que o Porto de São Sebastião irá se transformar num grande complexo portuário capaz de se rivalizar ou ao menos desafogar o tão concorrido Porto de Santos. Talvez a definição não fosse exatamente essa – a de grande complexo portuário –, mas já nos anos 60 se ouvia muito que São Sebastião tinha tudo para se transformar num porto tão importante quanto o de Santos. Foi por essa época que lá se instalaram unidades da Petrobras.

Bem feitas as contas, a vocação portuária de São Sebastião talvez remonte ao início do século XVIII, à época em que se criou a capitania de São Paulo e Minas do Ouro, sucessora da capitania donatarial de São Vicente, ao tempo em que a febre do ouro tomava os campos de Minas e o metal precioso era escoado – ilegal ou legalmente – por Parati e outros atracadouros da região.

Foi, porém, na década de 1940 que se começou mais efetivamente a discutir planos de expansão para o Porto de São Sebastião, sem que tivessem tido seqüência. Ainda agora o governo do Estado vem de anunciar que o Porto de São Sebastião será ampliado em mais de um milhão de metros quadrados, com a abertura de concorrência pública para a instalação de oito terminais privados de líquidos, sólidos, contêineres e veículos de apoio ao setor petrolífero.  As licitações deverão estar concluídas até o final do primeiro semestre de 2010.

Itamaraty recorre no erro em Honduras

No dia 29 de novembro próximo passado, realizaram-se eleições presidenciais em Honduras organizadas pelo regime de exceção que derrubou o presidente eleito, Manuel Zelaya, mas de acordo com o calendário eleitoral do país, que corresponderia ao término de seu mandato legal. Das eleições, julgadas honestas pelos observadores independentes, participaram todos os partidos políticos, registrando-se um comparecimento do eleitorado compatível com as anteriores, resultando eleito Porfírio Lobo, do Partido Nacional, que obteve cerca de 55% dos votos válidos. Sua posse terá lugar no dia 27 de janeiro de 2010.

O Brasil, no entanto, anunciou por diversas vezes que não irá reconhecer o governo eleito, ao contrário de outros países, como os Estados Unidos da América (EUA), Colômbia, Peru, Costa Rica e Panamá. A justificativa do governo brasileiro está no sofisma de que, como as eleições foram organizadas por um governo ilegítimo, também o seu resultado encontrar-se-ia comprometido pelo vício de origem. As lições da história, inclusive brasileira, nos ensinam que freqüentemente a redemocratização vem organizada por regimes ilegítimos, o que não tira a legitimidade do processo.


A posição brasileira segue o erro crasso cometido pelo Itamaraty ao admitir o presidente deposto, Manuel Zelaya, na embaixada do Brasil fora do instituto do asilo político, o que configurou uma violação do direito internacional de regência, configurou uma intervenção ilícita nos negócios internos de Honduras, e estabeleceu um péssimo precedente para as relações diplomáticas. Afinal, error juris quique nocet, ou o erro de direito a todos prejudica.

Expansão Portuária


A logística é um tema de absoluta relevância para as organizações públicas e privadas, devido aos ganhos por qualidade, redução de custos e no tempo de processamento de produtos e serviços, mediante a execução minuciosa para o controle de estoques, transportes e demandas consumidoras.  Para o caso nacional, observa-se o descobrimento desta área do conhecimento, ainda em fase inicial, demandando profissionais qualificados e uma ruptura de um modelo ainda operacional para uma visão estratégica e de longo prazo.

Historicamente, a logística sempre foi relegada ao segundo plano no Brasil, com a prioridade para as políticas públicas para o controle inflacionário e do gasto público. Para as empresas privadas, o foco sempre foi destinado para questões que envolvem o planejamento estratégico e gastos com tecnologia da informação.

No entanto, as demandas por investimentos em infraestrutura, para a realização de eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, em paralelo ao crescimento econômico dos países emergentes, incluído o Brasil, vem estimulando o pensamento logístico e na gestão das cadeias de suprimentos.





segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Porto de Santos: crescimento sob risco


Estudos encomendados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) mostram que, em menos de uma década, o Sistema Anchieta-Imigrantes estará saturado, se não receber novos investimentos que possibilitem não só a sua manutenção como a sua ampliação, com a construção de mais uma ou duas pistas. Outra alternativa – o que não significa que uma opção exclua a outra – seria a expansão da malha ferroviária que, por sinal, já apresenta gargalos tanto na região da Baixada Santista como no Planalto paulista.

Não se pode dizer que o poder público não tenha enfrentado esse desafio que é resultado de décadas de ineficiência e má gestão. Na verdade, tenta recuperar o tempo perdido porque a sensação que se tem é que, mesmo com todas as obras em andamento, há de chegar o dia em que teremos de conviver com o temível apagão logístico.


Se listarmos o que o poder público vem fazendo nos últimos anos, com certeza, vamos concluir que não é pouco. Enquanto verbas do governo federal garantem o trabalho de dragagem de aprofundamento do canal de navegação e a construção das avenidas perimetrais no Porto de Santos, o governo estadual, só para eliminar o gargalo rodoviário na Grande São Paulo, investe mais de R$ 15 bilhões na construção do Rodoanel e na ampliação de importantes avenidas. No Interior do Estado, os investimentos são de R$ 2,6 bilhões na recuperação de rodovias e de R$ 4,4 bilhões em melhoria de 13.300 quilômetros de estradas vicinais.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Infelicidades Tupiniquins



O Brasil passa por um apagão político, social, econômico e de infraestrutura, com um valor futuro alto a ser pago pelos indivíduos, que não vem observando na sua totalidade, os rumos da nação. A pane no sistema elétrico nacional, ocorrido no último dia 10/11/2009 elucidou as falhas no processo democrático nacional. Evidencia-se uma classe política que tenta a todo o momento ludibriar a população, com gestos não adequados para a nobre função e na busca desenfreada pelo favorecimento partidário. Por que não buscar esclarecer os fatos de forma ética e sem rodeios? Bastaria seguir o modelo americano, com as causas sendo apontadas de forma lúcida, em benefício da população, em detrimentos a clientelismos.

Justificar o problema do sistema elétrico nacional com raios e trovoadas esconde problemas maiores. O primeiro absurdo é a ocorrência de grande parte do país sem energia, gerando custos abusivos para a sociedade. Outro sério problema é a execução do orçamento federal, com apenas 38% das verbas destinadas aos investimentos em energia. Logo, estaria o sistema elétrico nacional sendo sucateado? Finalmente, o início de uma disputa política entre a gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso, com o modelo Lula é o escracho total.

A geração de energia no Brasil é centralizada no modelo hidroelétrico, com a dependência da vazão dos rios, o que em tese, não é um problema, mas um benefício ambiental. A complexidade está na possibilidade de escassez de chuvas e na sua distribuição. Logo, por que não investir em um sistema ainda mais confiável e descentralizado por região, com a adoção verdadeira de usinas termelétricas. Outro ponto fundamental é repensar na alocação política de cargos estratégicos, como o Ministério de Minas e Energia, hoje dirigido por um advogado e não um engenheiro eletricista, ou técnicos com formações a fim.

Da mesma forma que o sistema energético nacional demonstra fragilidades, deve ser reavaliada a questão da infraestrutura nacional como um todo, englobando as estradas, portos, ferrovias, aeroportos, telefonia e saneamento básico. Muito se discute sobre o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), outrora Avança Brasil, com baixa destinação de recursos. Será que o início das obras serão executas somente no ano que vem, ou seja, período eleitoral?

Logo, deve-se investir em informação e educação, o maior de todos os apagões nacionais, para eliminar as anomalias de um sistema político e de investimentos públicos em infraestrutura, que vem causando retrocessos ao avanço econômico e social.

Por: Hugo Ferreira Braga Tadeu
Professor da Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho da Fundação João Pinheiro e Coordenador do Núcleo de Estudos em Operações. Diretor do IELOG